Quando a noite abraçava o dia
A história que os velhos contavam
Na vastidão da Amazônia ...
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Lindas caboclas dançavam
Nas margens do rio
A menina mais viçosa, mais cheirosa do lugar
Libertava o fogo da lua
A menina mais viçosa, mais cheirosa do lugar
Queimando em brasas o príncipe das águas
Nas águas limosas dos igarapés
Transformado em kariwa
Navegando entre as canaranas
Em amores se banhava
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Errante que vagueia pelas matas
Em busca de virgens para amar
O príncipe das águas
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Sedutor de almas, alimenta-se em sonhos
Devorando a pureza,
Que emana das cunhãs (2x)
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Eu sou o boto encantado
Que vaga amando na escuridão
Os habitantes do fundo do rio
Eu conclamo pra celebração
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Minha força e de puraqué
Meu chapéu e de arraia
O meu encanto cintila nas águas
Feito escamas de pirarucu ...
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Sou bicho de água, sou bôto e homem
Beijando as águas barrentas do rio
Cavalgando arrastado pelos temporais.
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